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Docente do ICS é comissário da exposição “1820. Revolução Liberal do Porto” Voltar

20/02/2020 - 06/09/2020    Until 6th September | Porto
Gravura coligida por Pedro Vitorino na obra Iconografia Histórica Portuense
A exposição “1820. Revolução Liberal do Porto”, comissariada por José Manuel Lopes Cordeiro, investigador e professor de História do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, está patente de 20 de fevereiro a setembro de 2020 na Casa do Infante, no Porto.
A iniciativa assinala os 200 anos da Revolução Liberal, num programa do Município do Porto com meia centena de eventos, como colóquios, livros, congresso internacional, concertos, visitas e cinema.

A mostra documental destaca em especial fontes portuenses dos 40 dias que abalaram a História de Portugal e do Brasil. Para Lopes Cordeiro, a peça principal é a ata da Câmara de 24 de agosto de 1820, cheia de rasuras a preto, devido aos partidários de D. Miguel após a reviravolta absolutista. “O pronunciamento militar fez-se às 5 da manhã no Campo de Santo Ovídio (hoje Praça da República) e às 8 horas estava toda a gente na Câmara, onde se leu a proclamação da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que inaugurava um novo regime”, explica, surpreendido que este documento estivesse quase esquecido, apesar de então transcrito na imprensa local, divulgado em panfletos e republicado em jornais de Lisboa quando a capital aderiu ao movimento.

A exposição evoca também os principais antecedentes da revolta: a ida da corte para o Brasil em 1807; a invasão napoleónica do Porto e o desastre da Ponte das Barcas em 1809; a criação pelo príncipe regente D. João VI do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1815; a conspiração de 1817 e a execução do general Gomes Freire de Andrade, que acicatou a revolta contra a presença inglesa e o governo do marechal Beresford; e a constituição da associação secreta Sinédrio, no Porto, para lançar a revolução. A vitória definitiva do liberalismo foi em 1833, com a derrota miguelista no cerco do Porto, mas Lopes Cordeiro focou a exposição até 4 de julho de 1821, quando o rei desembarcou em Lisboa. “Estavam cumpridos dois objetivos: a corte regressou e já havia documento provisório da Constituição”, observa Lopes Cordeiro, que lança em abril de 2020 um livro com centenas de páginas que superam largamente a função de catálogo da exposição.

+Info: www.publico.pt/2020/01/14/culturaipsilon/noticia/porto-celebra-200-anos-revolucao-liberal-pais-1900362
www.porto.pt/noticias/porto-tem-vasto-programa-de-comemoracoes-para-assinalar-o-bicentenario-da-revolucao-liberal-de-1820
www.cm-porto.pt/cultura/noticias?id=50512, 1820.porto.pt
Casa do Infante
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Poster
Gravura coligida por Pedro Vitorino na obra Iconografia Histórica Portuense
lopescordeiro
Livro-catálogo da exposição '1820. Revolução Liberal do Porto'
Bicentenário da Revolução Liberal do Porto