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Professora do ICS distinguida pela Academia Portuguesa da História Voltar

segunda-feira, 17/11/2025   
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A professora catedrática Marta Lobo de Araújo venceu o Prémio Lusitania História, da Academia Portuguesa da História, pelo seu livro “O Visconde de São Lázaro e o Palácio do Raio. Modernidade e progresso em Braga na segunda metade do século XIX”.
O galardão, que reconhece uma obra de investigação sobre a História de Portugal publicada no último ano, vai ser entregue a 3 de dezembro, às 15h00, na sede daquela Academia, no Palácio dos Lilases, em Lisboa. É a terceira vez em cinco anos que este prémio vem para investigadores da UMinho, após Luís Gonçalves Ferreira (2020) e José Manuel Lopes Cordeiro (2021). E é a terceira vez que aquela Academia distingue Marta Lobo de Araújo, após o Prémio PM Laranjo Coelho (2017) e o Prémio Fundação Eng. António de Almeida (2021).
O livro agora laureado, editado pela Colibri, descreve a vida de Miguel José Raio (1814-1875), que se dividiu entre Braga e o Pará, no Brasil, onde fez fortuna. Regressado à cidade natal, mostrou o seu poder, adquiriu o icónico Palácio do Raio, que ficaria imortalizado com o seu nome e hoje pertence à Misericórdia de Braga. Interveio ainda em setores da vida social, agrícola, financeira, política, religiosa e assistencial, tornando-se influente nas elites locais e regionais e o 1º visconde de São Lázaro.
Miguel José Raio continuou a viajar regularmente para o Pará e, em lazer, pela Europa. Morreu subitamente, sem testamento, solteiro e com muitas dívidas ao Banco do Minho, que ficaria com o palácio dele. A firma no Pará, de que era sócio, teve graves problemas e fechou. No volume de 208 páginas, aprofunda-se igualmente o contexto da emigração portuguesa no século XIX e como esta influenciou a cultura e a sociedade da época.
Nota biográfica
Maria Marta Lobo de Araújo é docente do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, investigadora do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), colaboradora do Centro de História Religiosa da Universidade Católica e coordenadora do grupo História Social a Norte. É ainda membro da Academia Portuguesa da História, diretora da “Revista Bracara Augusta” e curadora do Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga.
Doutorada em História Moderna e Contemporânea pela UMinho, liderou e participou em projetos científicos em vários países. Publicou duas dezenas de livros e mais de duas centenas de artigos e capítulos no país e no estrangeiro, em especial sobre História social e religiosa. Tem recebido vários reconhecimentos, como o Prémio Américo Lopes de Oliveira - Município de Fafe e a Medalha de Mérito Municipal de Braga - Grau Prata, entre outras.
A Academia Portuguesa da História é uma instituição de utilidade pública fundada em 1938 que reúne especialistas dedicados à reconstituição documental e crítica do passado, materializada na organização de eventos e publicações, nomeadamente de fontes e obras com rigor científico que facilitem aos portugueses o conhecimento da sua História. Esta Academia distingue ainda, com o apoio de mecenas, o mérito de obras historiográficas publicadas a cada ano.
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